Cultura Activa

Entrevistas a várias personalidades ligadas à cultura

Thursday, March 18, 2010

Pedro Fernandes


Pedro Fernandes é actualmente um dos cinco apresentadores do "5 para a meia noite", programa de sucesso da rtp2. Licenciado em Publicidade e Marketing, humorista e argumentista, Pedro Fernandes é uma das novas caras da tv, demonstrando-nos que a qualidade dos apresentadores portugueses se vai manter por muito tempo.


1-O seu percurso até ao 5 para a meia noite foi curto. Como avalia o facto de em poucos anos passar para apresentador daquele que é considerado um dos programas da actualidade?
A brincar a brincar já se passaram 10 anos desde os meus tempos de teatro universitário. Acho que tudo se deveu a muita vontade em fazer humor e a uma grande dose de sorte por estar no sítio certo à hora certa. Acima de tudo é preciso fazer aquilo de que gostamos e ir aceitando todos os desafios que se nos deparam pela frente.


2- Profissionalmente sempre esteve ligado ao mundo da apresentação/representação. De onde nasceu o seu interesse por esse mundo?
Só mais tarde despertei para este mundo, no teatro universitário. Já tinha o gosto pelo humor e pela representação, mas sempre o encarei como um hobbie. Acabei o meu curso universitário de Publicidade e Marketing no ano 2000 e trabalhei 10 anos no ramo. Só hà mês e meio é que estou inteiramente dedicado a este ramo.


3- Na sua juventude sempre soube o que queria? Conte-nos um episódio curioso dos seus tempos de infância.
Nunca soube o que queria. Até o curso universitário foi escolhido no último dia de inscrições porque tinha mesmo que preencher os papéis. Entrei em Publicidade e Marketing mas a primeira opção era Gestão Hoteleira. Até cheguei a deixar lá sangue para análises na ESHT do Estoril.
Como todas as crianças queria ser jogador de futebol. O primeiro contrato que assinei na vida tinha 9 anos e foi como jogador do Desportivo Domingos Sávio (Salesianos de Lisboa). Jogava a extremo esquerdo e fui o segundo melhor marcador da equipa com 3 golos. Que fartura! O meu avô dava-me dois contos e quinhentos por cada golo. O meu pai dizia que só me faltava uma cadeira para eu me sentar no campo tal era a minha movimentação nas quatro linhas.


4- Fale-nos um pouco dos seus gostos pessoais. O que anda a ouvir na música portuguesa?
Na música portuguesa é incontornável o Jorge Palma. É para mim o melhor músico e compositor português. Destaco também o B Fachada.
Na música internacional, os Pearl Jam, Smashing Pumpkins, Cake, Beatles, Strokes, Vampire Weekend, Kings of Leon, Franz Ferdinand, Beirut, só para mencionar alguns.
No cinema sou fã incondicional de Tim Burton.
Séries de humor: Simpsons, Flight of the Conchords, the Office, Little Britain, Easy Larry, Seinfeld...
No desporto: Sporting sempre!


5- Como é que define a actual situação cultural do nosso país? O que faria para a impulsionar? Quem escolheria para governar o país?
Acho que cada vez existe mais oferta e para todos os gostos. Só fica em casa quem quer.
Aumentar o orçamento de estado para a cultura era um bom começo.
Para governar o país escolheria o meu tio. De certeza que ser sobrinho do primeiro ministro me traria algum benefício.

6- Sei que é complicado, mas tente explicar-nos qual é a sensação de ser pai.
É a melhor sensação do mundo. Acho que só consegue perceber quem já o é. Antes de o sermos achamos que vai ser bom. Depois de o sermos percebemos que é magnifíco.


7- Qual foi a pessoa que mais o marcou na sua vida?
Não consigo apontar só uma. Tenho a sorte de estar rodeado de pessoas que amo e todas marcam a minha vida.


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